QUARESMA

O grande tempo penitencial da Igreja requer uma sobriedade e densidade condignas a de uma alma penitente. O perfume deve ser denso, forte e sóbrio. O incenso deve revelar aquele “espírito forte” do qual fala Nosso Senhor no jardim das oliveiras. Nada deve ser suave. É tempo de reflexão, mas também de certa “dor”, certa “tristeza”. Bem vivido, esse tempo deveria deixar marcas profundas na alma. Entretanto, a alma arrependida volta-se para um Deus amoroso, cujo maior sacrifício e prova de amor este tempo prepara para celebrar. Os incensos usados nesse período, à medida em que se aproximam os dias da paixão, devem tornar-se gradualmente mais fortes. Evite aromas florais e doces e opte por aromas amargos, fortes ou suaves. Incensos mais austeros: Casper, São Francisco de Assis, Olibanum e Mirra (estes dois últimos, as resinas puras, mais “sóbrios”) - a Mirra é ideal se misturada com o Olibanum. Incensos mais fortes: São Bento, São Miguel e São Rafael (forte porém com toque sutil de rosas). Incensos mais suaves: N. Sra. Aparecida, Benedictus XVI e Misericordiae - pois a quaresma é também, por excelência, o tempo da misericórdia de Deus. Ainda sugerimos, no Domingo Laetare, o incenso N. Sra. Desatadora dos Nós. Este é um dos domingos do ano em que a Igreja usa rosa nos paramentos, simbolizando uma diminuição na penitência desse tempo.